Cabo Frio intensifica ações contra bebidas adulteradas e monitora casos de intoxicação

Prefeitura, Vigilância Sanitária e Procon reforçam fiscalização, orientação à população e monitoramento de pacientes diante do risco do metanol

Prefeitura, Vigilância Sanitária e Procon reforçam fiscalização, orientação à população e monitoramento de pacientes diante do risco do metanol

A cidade de Cabo Frio atravessa um período de atenção especial à saúde pública, diante da circulação de bebidas suspeitas de contaminação por metanol, substância altamente tóxica e potencialmente letal. Para proteger moradores e visitantes, a Prefeitura vem conduzindo ações integradas de fiscalização, orientação e monitoramento clínico.

Equipes da Vigilância Sanitária, em conjunto com o Procon e a Polícia Militar, têm realizado operações em diferentes bairros, recolhendo produtos irregulares e garantindo que sejam descartados de forma segura e ambientalmente adequada. Até agora, 58 garrafas suspeitas foram apreendidas, todas com lacres violados, ausência de contrarrótulo e falta de nota fiscal. “Essa é uma medida preventiva essencial para proteger a população. A ingestão de bebidas adulteradas com metanol pode causar danos irreversíveis à saúde, incluindo cegueira e até a morte. Estamos atuando firmemente para evitar que produtos irregulares cheguem ao consumidor”, afirmou Kelly de Araújo, superintendente de Vigilância Sanitária.

Além da fiscalização, a Prefeitura tem investido na capacitação de profissionais da Rede Municipal de Saúde. Médicos e equipes de enfermagem recebem treinamentos para identificar precocemente sintomas de intoxicação, notificar casos suspeitos e oferecer cuidados clínicos adequados. “O atendimento rápido é fundamental. Quanto mais cedo identificarmos os sinais de intoxicação, maiores as chances de evitar complicações graves. Por isso, a capacitação das equipes é prioridade”, explicou a secretária municipal de Saúde, Beatriz Trindade.

Momento pede atenção e orientação

A Vigilância Sanitária alerta para que se evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa, de frascos com rótulos rasurados ou tampas violadas, e de produtos vendidos a preços muito abaixo do mercado. Além disso, recomenda-se conferir o selo de controle fiscal no rótulo da bebida.

Entre os sinais de alerta para intoxicação por metanol estão dor de cabeça intensa, tontura, náuseas e vômitos, dor abdominal, visão turva ou cegueira, confusão mental e falta de ar. Em Cabo Frio, as referências para atendimento inicial são as UPAs Parque Burle e Tamoios e a emergência do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos.

Até o momento, o sistema de monitoramento da SES/RJ aponta cinco casos suspeitos no estado, dois deles em Cabo Frio e um em São Pedro da Aldeia. Todas as ocorrências seguem sendo investigadas para garantir respostas rápidas e seguras. “Denunciar estabelecimentos suspeitos é fundamental. A colaboração da população fortalece nossa fiscalização e ajuda a evitar que riscos invisíveis se tornem problemas graves de saúde”, reforçou Kelly de Araújo.

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