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Casa Museu Carlos Scliar abriga exposição de arte quilombola, em Cabo Frio

Objetos de cerâmica foram confeccionados durante oficinas do projeto "Somos Divas na Luz do Candeeiro"

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Nos jardins da Casa Museu Carlos Scliar, em Cabo Frio, o barro sem forma deu lugar às belas luminárias confeccionadas pelas mulheres do Quilombo Caveira, de Botafogo, São Pedro da Aldeia. As peças foram feitas durante os 3 meses de oficinas de cerâmica do “Somos Divas na Luz do Candeeiro”, projeto realizado pelo Instituto Cultural Carlos Scliar e Prolagos. Muito além das aulas, a ação tem foco em fomentar a representatividade e a independência do grupo, estimulando o potencial criativo e capacitando para a confecção de peças que poderão apoiá-las na complementação da renda familiar.

Este é o segundo ano do projeto, que nasceu no início da pandemia com o quilombo de Baía Formosa, de Armação dos Búzios. Cada turma trabalhou com uma peça distinta, respeitando as particularidades das comunidades de origem. Cumprindo as normas de prevenção da Covid-19, com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel, as divas Andreia da Silveira, Edna dos Santos, Elaine Pereira, Helena Pereira, Joelma Souza e Thainara dos Santos se reuniram semanalmente na Casa Museu onde aprenderam modelar a argila, pintar, queimar e inserir ilustrações que tratam sobre a cultura afro-brasileira. “O barro faz parte da minha história. Já morei em casinha de estuque, mas eu nunca havia trabalhado com ele no artesanato. Participar do projeto levantou minha autoestima e me ajudou na recuperação de dois AVC’s. Agora eu pretendo continuar confeccionando as peças” – relata Helena Silveira.

“Somos Divas na Luz do Candeeiro” foi idealizado com o objetivo de estimular o empoderamento feminino, especialmente de mulheres negras, por meio da geração de renda, por Cristina Ventura, arquiteta que neste ano liderou a restauração da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. “O projeto traz a analogia da transformação da argila, uma massa sem forma que vem da terra e se transforma em cerâmica, como um utilitário ou uma luminária super resistente. Essa analogia também que acontece com todos os agentes envolvidos, seja os quilombolas, o pessoal da Casa Scliar ou da própria empresa Prolagos. É uma ação que transforma. Muito dessa transformação está no espírito dessa casa que realmente traz um lugar de abrigo e nos faz sair fortalecidos” – pontua Cristina, que é Coordenadora da Casa Scliar.

Nos encontros as participantes fizeram uma imersão no universo da cultura, com discussões sobre a arte e o patrimônio histórico nacional. O projeto também ofereceu acesso ao curso “Exercitando a Mentalidade Financeira”, oferecido pela Academia Aegea, plataforma de educação corporativa da Aegea, grupo do qual a Prolagos faz parte. “Muito além do saneamento, nossa intenção é proporcionar estrutura para que elas se desenvolvam e repliquem o aprendizado nas suas comunidades, gerando melhoria na qualidade de vida e aumentando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região onde atuamos” – explica Simony Dias, coordenadora e Responsabilidade Social da Prolagos.

A ação visa dar projeção à história e cultura quilombola e está alinhada ao programa de diversidade e igualdade racial “Respeito Dá o Tom”, desenvolvido pela Prolagos e todas as empresas do grupo Aegea. Ao final das oficinas, as participantes continuarão utilizando o espaço da Casa Scliar para confeccionar as peças. “O Respeito dá o Tom”, assim como o Divas, é um projeto que impulsiona e valoriza a cultura africana, a cultura do povo preto e empodera suas mulheres, gerando renda e ajudando na valorização, no conhecimento e na produtividade. São projetos que transbordam e vão além do ambiente corporativo” – ressalta Tayane Pimentel, coordenadora do programa.

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