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Lagoa de Araruama: exemplo de sucesso para o renascimento da Baía de Guanabara

Como um modelo a ser seguido, o trabalho feito ao longo de 23 anos pode ser utilizado para contar uma nova história

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“Um case de sucesso”. Essa expressão é utilizada quando um trabalho é realizado por uma empresa a um cliente, de forma bem-sucedida, e vira um exemplo a ser seguido, passando a ser usado como modelo. Assim podemos começar a contar sobre o renascimento da Lagoa de Araruama, iniciado em 1998 há 23 anos, na Região dos Lagos, estado do Rio de Janeiro, e que poderá servir como uma referência.

Considerada a maior massa de água hipersalina em estado permanente no mundo, a Lagoa de Araruama – ou laguna, como preferem os especialistas – é tema de muitas histórias que são passadas de pai para filho. Mas a pior história já contada vinha sendo o colapso, devido aos impactos ambientais provocados pela ausência de coleta e tratamento de esgoto a partir do aumento da população da região no início dos anos 1990.

À vista disso, em 1979 enquanto a Lagoa de Araruama vivia seus tempos áureos, um problema parecido com o vivido em 1998 começava a ser debatido a 200 quilômetros de distância, por  engenheiros, técnicos de diversas áreas e representantes da ONU. Quem precisava de ajuda? A Baía de Guanabara. A expansão territorial da capital do Estado ia crescendo na redondeza da área de manguezal, esgoto in natura ia sendo despejado pelas casas e indústrias do entorno e todo o ecossistema ia sofrendo. Estima-se que, antes dos anos 1990, eram depositados 460 toneladas de resíduos orgânicos por dia em toda área da baía. A discussão iniciada em 1979 continuou pelos anos seguintes, planos foram traçados, objetivos alinhados, mas nada saiu do papel.

Voltando para a Região dos Lagos de 1998, o professor e biólogo Eduardo Pimenta conta que, à época, a tomada de decisão para o futuro da Lagoa de Araruama foi mais rápida e certeira.

Lagoa de Araruama em 1998. Foto: Reprodução internet

“A lagoa estava em colapso. A produção de algas contribuiu para mais poluição da lagoa. Sem oxigênio, mortandade de peixes, a balneabilidade das praias lagunares comprometidas, impacto no turismo, na atividade pesqueira, algumas medidas precisavam ser tomadas, entre as primeiras foi a privatização dos serviços de tratamento de água e esgoto, depois foram traçadas metas para alcançar a despoluição de todo corpo lagunar, “ comentou o professor.

“Quando a Prolagos assumiu os serviços de saneamento nas cidades da nossa área de concessão, em 1998, todo o esgoto in natura era despejado na Lagoa de Araruama e nas praias. A maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo estava em avançado estado de degradação ambiental. Para ajudar na sua recuperação, a sociedade civil organizada solicitou a mudança do contrato, antecipando os investimentos em esgoto e aderindo ao sistema de captação a tempo seco, onde o esgoto que corre pela drenagem pluvial é desviado para coletores e o resíduo transportado para as estações de tratamento, retornando para o meio ambiente dentro dos padrões ambientais. A mudança aprovada foi a solução mais rápida e assertiva da sociedade, porque se fossemos aguardar a implantação do sistema Separador Absoluto, comprometeria de forma irremediável a recuperação da lagoa”, relata o diretor executivo da Prolagos, José Carlos Almeida.

baía de Guanabara com a Ponte Rio-Niterói ao fundo.: Foto: Marcos Serra Lima/ G1

E durante todo esse tempo, o que foi feito pela Baía de Guanabara? Você deve estar se perguntando. Veio o ano 2000, com ele o medo do “bug do milênio”, e nada de resolverem a situação da Baía de Guanabara. Em 2002, o Rio de Janeiro foi eleito sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Em junho de 2008 foi a vez do anúncio da cidade como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Não podemos esquecer da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Ao todo, 14 anos de investimentos, milhares de dólares gastos em obras para construção de ginásios, alojamentos, estádios, ruas e transportes. Tá bom, mas e a Baía de Guanabara? Bom, essa, igual em 1979, ficou apenas nos projetos e promessas.

Atualmente, 80,12% de todo esgoto coletado na Região dos Lagos é tratado enquanto a Baía de Guanabara respira por aparelhos. Um paralelo de luta. Em abril deste ano ocorreu o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Assim, uma nova história começa a ser contada também na capital.

Com o leilão da Cedae, a empresa Águas do Rio, concessionária do Grupo Aegea, é a responsável por realizar, na capital, o maior projeto de saneamento básico do país. Será um investimento total de R$ 39 bilhões, sendo R$ 15,4 de outorga para os governos estadual e municipais investirem em projetos prioritários e R$ 24,4 bilhões para a concessionária aplicar ao longo da concessão em obras de recuperação e ampliação dos sistemas de água e esgoto em 27 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo 124 bairros da capital. 

O exemplo para a recuperação ambiental do importante recurso hídrico: a baía de Guanabara

Um grande marco para a atuação da concessionária Águas do Rio será a recuperação ambiental da Baía de Guanabara. Nos primeiros cinco anos estão programados os investidos no valor de R$2,7 bilhões na construção de coletores de esgoto ao redor da baía, formando um cinturão de proteção que vai evitar que milhões de litros de esgoto sem tratamento sejam despejados diariamente nesse ecossistema.  

O projeto contempla ainda a utilização do modelo de esgotamento sanitário implantado pela Prolagos na Região dos Lagos, a Coleta em Tempo Seco. O sistema devolveu a vida à maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo. Após a construção dos coletores de esgoto, que direcionaram o resíduo para as estações de tratamento, devolvendo o efluente dentro dos padrões ambientais, fazendo com que a Lagoa de Araruama voltasse a ser palco de atividades esportivas e pesqueiras.

Além disso, toda a tecnologia utilizada pela Prolagos no Centro de Controle Operacional (CCO), está sendo implementada na Águas do Rio. Um dos mais modernos centros de controle dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do país está sendo construído pela concessionária. 

O CCO da Prolagos integra os dados de todas as cinco cidades atendidas pela concessionária – Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios – e dispõe de softwares e sistemas automatizados capazes de monitorar mais de duas mil variáveis, como pressão, vazão, temperatura, energia, produtos químicos e outros, otimizando a gestão dos sistemas de água e esgoto.  

Essa expertise também estará à serviço do saneamento básico na capital, no COI da Águas do Rio, que foi instalado na sede da empresa, e mesmo antes da operação plena já está monitorando mais de mil pontos de acompanhamento da performance dos sistemas de água e esgoto, utilizando equipamentos chamados Dataloggers. 

Ainda segundo a Águas do Rio, as variáveis estão sendo monitoradas e analisadas com a aplicação de inteligência artificial e IoT (Internet das Coisas), permitindo a análise preventiva e a tomada de decisão cada vez mais assertiva e a operação remota, aumentando a eficácia dos serviços prestados para a população carioca. 

Com toda essa tecnologia a empresa promete realizar um grande marco para a recuperação ambiental de um dos principais cartões postais do país, a Baía de Guanabara. Além disso, o novo Marco Legal do Saneamento Básico, sancionado em julho de 2020, determina que todos os municípios brasileiros alcancem a universalização dos serviços até 2033, garantindo 99% da população com acesso à água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto.  

A Prolagos e agora Águas do Rio trabalham incansavelmente para conquistar essas metas. Hoje, com o trabalho realizado pela Prolagos ao longo de 23 anos de atuação, os municípios da Região dos Lagos contam com 98% de atendimento de água constante e 80% de cobertura de esgoto, além do renascimento da Lagoa de Araruama.  

Com esses resultados já é possível imaginar o futuro brilhante que está reservado não só para a Baía de Guanabara, como também para a saúde e qualidade de vida da população.

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