Um acúmulo de algas está mudando o cenário na Praia do Forte, em Cabo Frio, durante esta semana. O biólogo Eduardo Pimenta explicou através de um vídeo divulgado no Instagram que a situação é comum após o período de ressaca. Segundo ele, o cheiro forte é característico das algas e não há indício de presença de esgoto no local.
“São algas macroscópicas que vivem depositadas no leito cenográfico, próximo à Praia do Forte, que são removidas por conta da ressaca e da maré muito forte. Uma vez retirada do leito submarino, ela boia, chega na praia e a própria maré a joga para o canto da Praia do Forte. Ela não tem relação nenhuma com poluição e não deve ser retirada mecanicamente, porque causa mais impactos do que resultados positivos. Sua decomposição natural em poucos dias acaba retroalimentando com nutrientes o leito cenográfico, servindo de alimento para toda fauna”, explica o biólogo.
A Prolagos, concessionária de abastecimento de água e tratamento de esgoto na região, divulgou uma nota afirmando que não houve despejo irregular de esgoto ou qualquer resíduo no local e que “segundo especialistas, essas algas fazem parte de um fenômeno natural que, com a força das marés, se desprendem do fundo do mar e chegam até a areia. Sua decomposição tem um cheiro forte característico, mas nem assim os estudiosos sugerem a sua retirada mecânica. Após a ressaca, elas voltam para o mar e servem de nutrientes para algumas espécies”.