Um levantamento do Corpo de Bombeiros revelou um cenário preocupante com relação ao número de afogamentos na Região dos Lagos entre os dias 1º e 9 de janeiro. Nas cidades sob jurisdição do 18º GBM (Cabo Frio, Armação dos Búzios e Arraial do Cabo), foram 638 registros. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, foram 107. Portanto, houve aumento de 496% do número de casos.
A tendência se confirma nos outros destacamentos dos bombeiros que atuam na Baixada Litorânea. Em Saquarema, a alta foi mais sutil. Os casos aumentaram de 16 para 22. Já em Rio das Ostras, o cenário foi de 14 afogamentos em 2023 para 39 neste ano.
Enquanto isso, os bombeiros de Maricá viram o número de registros subir de 2 para 31. Já em Macaé, que não registrou afogamentos no começo de 2023, o número de casos chegou a 41 nos primeiros nove dias de 2024.
Aumento de casos de afogamento no Estado do Rio
Em todo o Estado, o Corpo de Bombeiros registrou aumento significativo de resgates. Foram 2.404 salvamentos, contra 528 no ano anterior. À Agência Brasil, o porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, major Fábio Contreiras, credita a alta nos atendimentos ao aumento da frequência de turistas e de banhistas locais nas praias do estado.
Além disso, ele destacou que o mar está frequentemente agitado, com muitas ondulações em níveis mais elevados e ventos fortes que favorecem a formação das correntes de retorno, um grande fator de risco para banhistas.
Aliás, o major alertou ainda para alguns perigos que devem ser levados em conta pelos banhistas e fez recomendações. Entre eles, ficar sempre próximo a um posto de salva vidas e respeitar as cores das bandeiras.
“Se tem bandeira vermelha, não entre no mar, ali vai ter uma corrente de retorno, vai ter um vale. Dê preferência à bandeira verde e em último caso à bandeira amarela para o seu banho de mar”, orientou.
Outra recomendação do major Contreiras é não entrar no mar se tiver consumido bebida alcoólica. Além disso, o porta-voz alertou ainda para o perigo de banhos de mar à noite.