Donos de bares, restaurantes e músicos protestaram em frente a Prefeitura de Cabo Frio, na tarde desta quinta-feira (18), contra o novo decreto de medidas de enfrentamento à pandemia estabelecido pelo prefeito José Bonifácio.
Manifestantes se reuniram para solicitar revogação das medidas e mudanças no horário das restrições. Segundo informações, profissionais da área de bares devem ser recebidos por alguém da Prefeitura.
A partir desta terça-feira (16), o toque de recolher passou a ser das 23h às 5h e serviços não essenciais, como bares, restaurantes e shoppings, foram proibidos de funcionar após 22h.
Segundo José Bonifácio, um novo Comitê Executivo composto por 4 secretários terá autoridade para requisitar funcionários públicos municipais e equipamentos para cumprir as normas do decreto. O Comitê também terá delegação para estabelecer novas restrições durante os dias.
De acordo com a Prefeitura de Cabo Frio, o quadro epidemiológico atual do município, com aumento de casos positivos da Covid-19, aumento da taxa de ocupação de leitos hospitalares e aumento no número de mortes causadas pelo coronavírus, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda o cumprimento das restrições aplicadas pelo Decreto Municipal Nº 6.475, de 15 de março de 2021. Tais medidas têm o objetivo de diminuir a proliferação do vírus e preservar a saúde da população.
A Secretaria de Saúde destacou ainda que todas as normas e restrições abordadas no Decreto seguem as orientações da FIOCRUZ e do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde.
A implementação de regras mais rígidas se justifica pelo fato de que, do dia 9 de março até esta quinta-feira (18), a taxa de ocupação de leitos de UTI no município saltou de 55% para 86%, ou seja, um crescimento de 37% em pouco mais de uma semana.
Mesmo compreendendo os impactos econômicos, o Comitê Executivo de combate ao coronavírus destacou que o número de mortes só diminuirá com o cumprimento das medidas de proteção, principalmente o isolamento social, a proibição de aglomerações, o uso de máscaras de proteção facial e a higienização das mãos com álcool em gel.
O Comitê ressalta, também, que a continuação dos índices alarmantes de ocupação de leitos poderá acarretar em medidas ainda mais duras de saúde pública, com o objetivo de preservar a vida dos moradores e evitar um colapso no sistema municipal de Saúde.