Deputados votam indenização para familiares de profissionais da saúde afetados pela Covid-19

O projeto de lei que prevê a criação de pensão para os dependentes de profissionais da área ds saúde que venham a falecer vítimas do novo coronavírus foi aprovado na noite de quinta-feira (21) pela Câmara dos Deputados.

A lei estabelece o pagamento de uma indenização no valor de R$ 50 mil a profissionais de saúde que, atuando no combate à pandemia, se infectaram com o novo coronavírus e ficaram permanentemente incapacitados. O Senado também terá de votar.

Pelo texto assinado pela deputada federal Daniela do Waguinho (MDB-RJ) e aprovodo por outros 14 parlamentares, no caso de morte desses profissionais, o valor será repassado a cônjuges, dependentes ou herdeiros, que poderão dividir o dinheiro.

A indenização pode ultrapassar os R$ 50 mil no caso de morte de trabalhadores com dependentes menores de 21 anos. Nessa hipótese, a proposta estabelece que cada um dos dependentes menores de 21 anos deverá receber um valor que será variável conforme a idade. 

A proposta restringe o pagamento aos trabalhadores que atuaram no atendimento direto aos pacientes e aos que fizeram visitas domiciliares e adoeceram. O projeto inclui os seguintes profissionais: agentes comunitários de saúde ou de combate a endemias que tenham realizado visitas domiciliares durante a pandemia; profissionais de nível superior reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde; profissionais de nível técnico ou auxiliar, que sejam vinculados às áreas de saúde; e aqueles que, mesmo não exercendo atividades-fim de saúde, ajudam a operacionalizar o atendimento, como os de serviços administrativos e de copa, lavanderia, limpeza, segurança, condução de ambulâncias e outros.

“Essa é uma valorização merecida a esses profissionais que estão nos hospitais de todo o Brasil, dando suas vidas vidas para salvar outras vidas, além de ser uma forma de amparar às famílias no momento em que mais precisam. Esperamos que o projeto possa ser analisado com celeridade no Senado e ir logo a sanção presidencial”, afirma Daniela do Waguinho.