Direto da Fonte | Alexandre Martins sobre a Taxa de Turismo Sustentável em Búzios: “Não se fala mais do assunto”

Prefeito mudou o foco e defende futuro da Taxa de Preservação Ambiental

Prefeito mudou o foco e defende futuro da Taxa de Preservação Ambiental

Em vídeo enviado ao Portal Fonte Certa nesta sexta-feira (21), o prefeito de Búzios, Alexandre Martins, voltou a comentar o arquivamento em definitivo do projeto que instituiria a Taxa de Turismo Sustentável (TTS) no município. Ele explica o motivo pelo qual tomou a decisão. “Era uma matéria antipática, não ia agradar. Por isso preferi arquivar”, declarou o prefeito, encerrando publicamente um dos debates mais tensos da pré-temporada. “E não se fala mais do assunto”, pontuou.

A declaração reforça o movimento formalizado na última quarta-feira (19), quando a Prefeitura enviou à Câmara Municipal um pedido de devolução da proposta, que havia sido aprovada em primeiro turno no fim de outubro e estava prestes a receber emendas do Legislativo. Com o recuo, a tramitação ficou suspensa e as etapas previstas deixam de ter efeito imediato.

Durante o pronunciamento, Alexandre Martins justificou o arquivamento destacando questões econômicas e políticas. Segundo ele, embora o município enfrente aumento significativo de custos com serviços urbanos durante o verão, incluindo o salto da coleta de lixo de 60 para até 250 toneladas por dia, a cobrança não seria a melhor alternativa neste momento. “Não gosto da ideia de cobrar para entrar na cidade, no hotel. A taxa de preservação ambiental tem que ser aplicada especificamente em áreas de preservação”, afirmou.

Martins voltou a defender que, caso exista necessidade futura, o caminho mais adequado seria o avanço da Taxa de Preservação Ambiental (TPA), já prevista em legislação municipal, mas nunca implementada. Segundo o prefeito, o município já possui recursos disponíveis para ações ambientais e pretende estruturar um fundo destinado a projetos ligados ao clima, turismo e sustentabilidade.

O prefeito também afirmou que a proposta original não apresentava falhas técnicas, mas reconheceu que o impacto sobre o setor turístico e a percepção pública contribuíram para o recuo. “A matéria estava correta. Mas nós lutamos para que o turista venha para a cidade. Temos calendário de eventos, não temos mais sazonalidade. Não fazia sentido insistir em algo que poderia afastar visitantes”, finaliza.

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