Exposição em São Pedro enaltece a arte como prática terapêutica durante a pandemia

Na busca pelo bem-estar emocional durante a pandemia da Covid-19, o casal Paulo Jorge dos Santos e Rose Mary Athayde Santos encontrou na arte da pintura um alívio para lidar com a nova realidade. A convite da Secretaria Adjunta de Cultura de São Pedro da Aldeia, pela primeira vez os artistas plásticos terão a oportunidade de mostrar as suas obras ao público. A exposição “Ponto de Fuga: Do isolamento à inspiração” será inaugurada nesta quinta-feira (17), às 18h, com transmissão ao vivo na Página da Cultura, nas redes sociais. Na Casa da Cultura, a visitação será aberta a partir da sexta-feira (18), das 9h às 17h.

De acordo com o secretário adjunto de Cultura, Thiago Marques, um dos propósitos da exposição, além de valorizar os artistas locais, é demonstrar o valor terapêutico da arte e seus efeitos positivos sobre a saúde mental, especialmente durante a pandemia.

“Neste período de pandemia, em que houve um aumento dos níveis de estresse, depressão e ansiedade na população, queremos trazer a arte para o centro das atenções, demonstrando sua importância não só como manifestação cultural do nosso povo, como também os benefícios que ela pode trazer para a saúde mental das pessoas. O Paulo e a Rose são exemplos de como a pintura pode ser uma ferramenta poderosa de refúgio e alívio emocional para encarar os desafios impostos pelo distanciamento social”, disse.

Ao todo, 40 pinturas em tinta acrílica e óleo vão compor a exposição e também ficarão disponíveis para venda. Os quadros retratam paisagens naturais, cenários urbanos, natureza morta, marinhas, embarcações e retratos – resultado de cerca de dois anos de produção de Paulo Jorge e Rose Athayde, sua esposa e convidada especial para a exposição.

“Voltei a pintar depois de 40 anos de inatividade e Rose foi minha grande incentivadora. Com o início do isolamento, todos nós passamos por momentos difíceis e a pintura foi como um ‘ponto de fuga’ para que pudéssemos enfrentar esse período de solidão, tédio e desgaste emocional. Foi uma maneira de lidarmos com essa fase e, ao mesmo tempo, desenvolvermos essa nossa vocação. Hoje, tenho a percepção de que a minha arte, além de servir para dar vazão a minha criatividade, encerra também o propósito de, através das minhas telas, transmitir prazer e alegria a outras pessoas”, conta Paulo Jorge.