Com capacidade para tratar mais de seis milhões de litros de esgoto por dia, a Estação de Tratamento de Iguaba Grande será a primeira reproduzida digitalmente no Estado do Rio a partir desta sexta-feira (29).

A iniciativa faz parte do programa Infra Inteligente, da Aegea Saneamento, que aposta em gêmeos digitais para melhorar processos e potencializar a qualidade dos serviços prestados. Um escâner a laser, capaz de coletar um milhão de pontos por segundo e fazer registros fotográficos, é o responsável pela reprodução tridimensional que reunirá informações sobre a estrutura física e operacional da unidade. O trabalho conta ainda com imagens capturadas por drone.

 

O acesso à replica fiel nos computadores será uma importante ferramenta de gestão, pois levará a unidade operacional para dentro dos escritórios. Além disso, será possível concentrar as informações técnicas, que muitas vezes são de domínio apenas de quem está em campo, para uma única plataforma.

“Com a unidade digital será possível fazer simulações e estudos para futuras obras de ampliação e melhoria, acompanhar informações sobre manutenções preventivas e planejar as próximas e fazer testes”, explicou o engenheiro civil Adibe dos Santos, responsável por acompanhar o projeto na Prolagos.

 

A ferramenta também permitirá que a unidade seja visitada de qualquer lugar com o auxílio de um óculos de realidade virtual, gerando a sensação da pessoa estar dentro da ETE, com uma visão tridimensional do instante que foi capturado.

“Além de melhorar a gestão do ativo, poderemos utilizar a ferramenta para gerar experimentação e levar conhecimento sobre o funcionamento da unidade, as particularidades do tratamento do esgoto e a finalidade de cada equipamento no processo de tratamento para diversos públicos, sem que seja necessário ir até à estação”, exemplifica o diretor executivo da Prolagos, José Carlos de Almeida.

 

O processo de digitalização da ETE Iguaba começou nesta semana com a varredura a laser da unidade para registrar as cenas (área digitalizada) e gerar a nuvem de pontos definidos por coordenadas X, Y e Z com precisão milimétrica.

“O próximo passo será encaminhar a malha de pontos e as imagens para serem tratadas em um software para termos o cenário em 3D”, explica o coordenador de projetos 3D da Metro Cúbico Engenharia, Nelio Villacortes, que escaneou a ETE.

 

O projeto Infra Inteligente prevê a digitalização de todas as unidades do grupo Aegea, que atua em 49 municípios do país. Este trabalho deve ser concluído em três anos.

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