Após o estado do Rio de Janeiro decretar uma epidemia de dengue em fevereiro deste ano, com mais de 91 mil casos em um único mês, as autoridades de saúde intensificam as ações para prevenir novas crises relacionadas às arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.

Para conter o avanço dessas doenças no próximo período sazonal, o Governo Federal lançou um plano de ação para reduzir os impactos das arboviroses. O plano foi desenvolvido com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam diretamente nas comunidades, conhecendo de perto os desafios em cada região, com foco especial nas áreas de maior vulnerabilidade social.

Baseado nas mais recentes evidências científicas e em novas tecnologias, o plano representa um pacto nacional para o enfrentamento dessas doenças. O objetivo é coordenar ações entre o Ministério da Saúde, estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.

Desde 2023, o Ministério da Saúde vem acompanhando o cenário epidemiológico das arboviroses e liberando recursos para ações preventivas. Para 2024, estão previstos R$ 1,5 bilhão em investimentos, focados em seis eixos: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, resposta às emergências e comunicação comunitária. Durante o intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas medidas preventivas, como a eliminação de criadouros e a implementação de novas tecnologias de controle vetorial. Também será organizada a rede assistencial com revisão dos planos de contingência, capacitação de profissionais de saúde e gestão de insumos.

No período sazonal, caso haja um novo aumento de casos, o plano prevê ações emergenciais para fortalecer a rede de saúde e reduzir hospitalizações e mortes evitáveis, com foco no manejo clínico adequado e na investigação rápida de casos graves.

Na Região dos Lagos, que registrou um aumento significativo de casos de dengue e chikungunya, o foco será a eliminação de criadouros e o uso de novas tecnologias, como as Estações Disseminadoras de Larvicida. Uma força-tarefa será mobilizada para reduzir os riscos, especialmente nas áreas periféricas, que concentram a maior parte das infecções e têm sido alvo de intervenções coordenadas entre os municípios e o governo federal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *