Dando continuidade a série de reportagens escritas pelos alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio), o FonteCerta Explica desta quarta-feira (3) vai informar perfis de três candidatos à presidência, além de candidatos ao governo e senado do Estado do Rio. Confira nesta matéria informações sobre os presidenciáveis José Maria Eymael, João Goulart Filho e Guilherme Boulos. A ordem dos perfis foi decida em sorteio.
José Maria Eymael (DC)
Eymael está na sua quinta candidatura à presidência da República, ficando conhecido com o jingle de campanha “Ey, Ey, Eymael, um Democrata Cristão”. José Maria Eymael, tem 78 anos, é natural de Porto Alegre-RS, é advogado, empresário, político e fundador do seu próprio partido, Partido Social Democrata Cristão o (PSDC), atualmente Democracia Cristã (DC).
Em 1986 foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, votado em 563 dos 572 municípios do Estado, alcançando mais de 72 mil votos, uma das maiores votações para o cargo na época. Na Assembleia Nacional Constituinte, destacou-se como um dos 15 constituintes com maior número de propostas aprovadas, tendo aprovado 145 projetos, estando a maior parte delas inserida na Constituição Brasileira.
Em 1990, foi reeleito deputado federal pelo PDC também por São Paulo. Como parlamentar, repetiu o feito de aprovar grande número de projetos apresentados, entre eles, o que eliminou o limite de dependentes para redução do Imposto de Renda, normas para a Proteção do Contribuinte, Bolsa de Estudos para alunos economicamente carentes, apoio as Pequenas Empresas, defesa dos Pequenos Produtores Rurais e incentivo a Atividade Econômica do Turismo.
Em abril de 2017, delatores da construtora Odebrecht afirmaram que Eymael havia recebido R$ 50 mil reais não declarados durante a campanha presidencial de 2010. Ele nega as acusações de recebimento de caixa dois no pleito, seja do Grupo Odebrecht ou de qualquer outra fonte.
*Texto escrito pelos alunos André Dias e Carlos Pinho com supervisão da Profª Mônica Sousa*
João Goulart Filho (PPL)
Filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, deposto pela ditadura militar em 1964, João Vicente Fontella Goulart tem 61 anos e é candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre (PPL). Nascido no Rio de Janeiro, é formado em filosofia pela PUC do Rio Grande do Sul.
Participou da fundação do Partido Democrático Brasileiro (PDT), partido liderado pelo seu tio Leonel Brizola. Em 1982, se candidatou e foi eleito para deputado estadual do Rio Grande do Sul. Depois, exerceu alguns cargos públicos, como a presidência do Instituto de Terras do Rio de Janeiro (ITERJ) durante o governo de Marcelo Alencar e a subsecretaria de Agricultura no governo de Garotinho.
Como candidato a presidência nas eleições de 2018, Goulart Filho prega o nacionalismo e o trabalhismo, dando ênfase na importância de fortalecer o mercado interno. É contra a privatização de empresas estatais, sobretudo as do setor de energia.
É crítico da participação de entidades privadas no Sistema Único de Saúde (SUS), as chamadas “organizações sociais”. Entre suas propostas, defende retomada da Reforma Agrária proposta pelo pai, João Goulart, semanas antes do golpe militar de 1964 e conciliá-la com uma “reforma urbana”, programa de desapropriação de imóveis inutilizados para abrigar famílias de sem teto.
*Texto escrito pelas alunas Thaisa Azevedo e Yasmim Simões com supervisão da Profª Mônica Sousa*
Guilherme Boulos (PSOL)
Candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) a presidência da República, Guilherme Boulos é filósofo, psicanalista, professor e escritor, ativista político e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O candidato de 36 anos é o mais jovem a tentar a presidência da República. Sendo essa a sua primeira vez concorrendo a um cargo eletivo na política. Tem como sua vice Sonia Guajará, a primeira mulher indígena a compor uma chapa presidencial no do Brasil.
Por seu militarismo no MTST, em 2017, Boulos foi preso por incitação à violência e desobediência, durante a reintegração de posse de um terreno na capital paulista. Em entrevista a imprensa na época, Boulos disse não haver “nenhum motivo razoável” para sua prisão e que havia ido ao local com a intenção de “negociar para evitar que houvesse a reintegração”.
Em um de seus vídeos de campanha, Guilherme Boulos diz lutar pela desigualdade social, pelo fim de “privilégios” como o recebimento de auxílio moradia por políticos e juízes enquanto ” muita gente, todo fim de mês, tem que fazer a dura escolha entre pagar o aluguel ou botar a comida na mesa”.
*Texto escrito pelas alunas Bruna Bouckhorny e Carolina Franco com supervisão da Profª Mônica Sousa*