Dando continuidade a série de reportagens escritas pelos alunos do Curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio), o FonteCerta Explica traz os perfis de três candidatos ao Governo do Rio. A série também apresentada informações sobre os candidatos à presidência, além dos candidatos Senado pelo Estado. Confira nesta matéria os perfis dos candidatos Marcelo Trindade, Eduardo Paes e Índio da Costa. A ordem dos perfis foi decida em sorteio.
Marcelo Trindade (NOVO)

Marcelo Trindade. Foto: Reprodução/ Internet
A partir de novas propostas de partido e candidatura, o carioca Marcelo Trindade, de 53 anos, se apresenta como candidato a governador do estado do Rio de Janeiro. Vindo de um partido recente, o Partido Novo, o candidato propõe mudanças energéticas para o Estado.
O Partido Novo, formado em 2011 por cidadãos sem vínculo político prévio, propõe a não utilização de dinheiro público para fins de campanhas eleitorais e busca um país sem privilégios e corrupção. Declaram-se a favor de operações como a Lava Jato e realizam um processo seletivo para possíveis candidatos pelo partido.
Marcelo Trindade é advogado e ex-presidente da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) no governo Lula. Possui extensa carreira docente na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e também fez parte do Conselho de Administração da Bovespa. É a primeira vez que Marcelo vai disputar um cargo eletivo. Como vice, Marcelo apresentou a professora de história Carmem Migueles.
Caso seja eleito, o candidato entende que, como necessidade urgente, a prioridade será trabalhar melhor a questão da segurança, ampliando recursos tecnológicos para as polícias Civil e Militar. Acredita que desta forma os índices de violência do estado irão diminuir e o desenvolvimento econômico irá retomar.
No campo da saúde, acredita que a utilização da tecnologia pode revolucionar a gestão e aumentar a qualidade dos atendimentos. Sua proposta é de criar um aplicativo, o “Passaporte da Saúde”, em que envia lembretes aos pacientes que fazem uso de medicação na hora certa, além de lembrar a data de seus exames. Desta forma, o tratamento destes pacientes irá evoluir, pois a pessoa terá em mãos os seus registros médicos e podem ser consultados em qualquer situação. A iniciativa visa priorizar os idosos e as pessoas portadoras de doenças crônicas.
O candidato a governador considera a privatização do máximo de empresas possíveis, incluindo a Cedae. Também apresentou propostas para melhor utilização do legado deixado pelas arenas da Rio 2016.
De acordo com suas avaliações, Marcelo Trindade identifica que parte do problema de gestão do estado pode ser enfrentada a partir de corte de privilégios políticos. Segundo entrevista dada ao jornal Estadão em Julho de 2018, o candidato afirma que “o que nós precisamos é de um governo sério, focado naquilo que ele tem que fazer, abrindo espaço para que a iniciativa privada possa realizar aquilo que é sua vocação, e permitindo com estabilidade jurídica e administrativa, com gestão adequada e interesse público, que o investimento privado aconteça”. A partir dessa iniciativa, Marcelo defende um ajuste nas contas do Estado a partir da melhoria da gestão e menos gastos com pessoal. Inclusive, considera a demissão de funcionários públicos em casos viáveis. “A velha política trouxe o Rio para o buraco e não vai ser a velha política que vai nos tirar daqui”, reiterou o candidato, em palestra ministrada em julho de 2018, na cidade de Cabo Frio.
A partir desses desdobramentos, a política de Marcelo oferece ao eleitor novas projeções e sugestões de melhorias, fazendo com que a busca pela compatibilidade eleitoral seja feita com afinco e com objetividade. O futuro é coisa séria.
*Texto escrito pela aluna Karotyna Prá com supervisão da Profª Mônica Sousa*
Eduardo Paes (DEM)

Eduardo Paes. Foto: Reprodução/ Internet
Eduardo da Costa Paes nasceu no Rio de Janeiro e tem 48 anos. É bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), filiado ao Partido Democratas (DEM) w é candidato à Governador do Estado do Rio de Janeiro nas eleições 2018.
Iniciou sua carreira política em 1995 como subprefeito de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no ano seguinte foi eleito vereador do Rio de Janeiro. Em 1998 foi eleito deputado federal e permaneceu no cargo por dois mandatos consecutivos. Foi secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro nos anos de 2007 e 2008 durante o governo Sérgio Cabral. Em 2008 foi eleito prefeito da cidade Rio de Janeiro pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e se reelegeu em 2012.
Em 2017 foi condenado por abuso de poder político-econômico e conduta vedada a agente público pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER-RJ), por usar o programa O Plano Estratégico Visão Rio 500, contratado e custeado pela prefeitura como plano de governo de Pedro Paulo na Campanha à Prefeitura do Rio em 2016 e prática de caixa dois. O Ministério Público decidiu que ficaria inelegível por oito anos, mas por decisão jurídica retomou seus direitos eleitorais, porém a decisão é liminar, o caso ainda será julgado. Em depoimento dado ao Juiz Marcelo Bretas em junho de 2017, Eduardo Paes negou ter praticado caixa dois.
Além disso, em dezembro de 2017 o Ministério Público moveu uma ação contra Eduardo Paes por improbidade administrativa, segundo a acusação o candidato teria isentado a construtora Fiori Empreendimentos Imobiliários Ltda de pagar a licença ambiental sobre as obras do campo de golfe olímpico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O valor da isenção seria de R$ 1,8 milhão. Mas em fevereiro a ação contra Paes foi removida. Os desembargadores da 5ª Câmara Cível Afirmaram, em decisão unânime, que não existe prejuízo aos cofres públicos que justifique o prosseguimento do processo, porque segundo eles, apesar de em março de 2013, Eduardo Paes ter transferido o pagamento da taxa para o município, ele teria reconsiderado a decisão em dezembro de 2016.
Em julho deste ano, após anunciar sua candidatura ao cargo de Governador do Estado do Rio de Janeiro, Paes declarou alguns dos seus desejos como governador, se eleito, tendo destacado como os principais problemas do Rio a crise fiscal e de segurança pública.
“Ajustando essas duas questões a gente consegue colocar o estado do Rio de novo no caminho do desenvolvimento. É preciso abrir a caixa preta das contas públicas, cortar privilégios e benefícios e dar transparência ao governo. E, na segurança, o estado deve reassumir o controle, retomando territórios e impedindo que a bandidagem ocupe novas áreas”, declarou.
*Texto escrito pelas alunas Karoline Christine e Lidiane Ferreira com supervisão da Profª Mônica Sousa*
Índio da Costa (PSD)

Índio da Costa. Foto: Reprodução/ Internet
Antônio Pedro Índio da Costa, ou, simplesmente Índio da Costa é empresário, advogado e político brasileiro. Foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD). Já foi secretário de Estado de Administração, Esportes e Meio Ambiente. Recentemente foi secretário Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 2010 como deputado, foi relator da Lei Ficha Limpa e candidato à vice-presidência do Brasil na chapa de José Serra. Nas eleições deste ano, Índio é um dos candidatos a governador do Rio de Janeiro.
No ano de 1992, Índio entrou para a política quando apoiou a candidatura do Cesar Maia a prefeito do Rio. Participou do Conselho Municipal de Desenvolvimento da Cidade, administrou o Parque do Flamengo, Copacabana e Leme. Foi ainda secretário municipal de Esportes e secretário estadual de Meio Ambiente.
Índio defende a redução da burocracia e foco na qualidade dos serviços públicos para o cidadão. “Colocar para funcionar equipamentos que já existem, voltados para qualificação profissional, segurança pública, hospitais que curem, as escolas que ensinem, ou seja, fazer o básico e reestruturar o Estado para que ele funcione”, declarou em entrevista a um jornal de grande circulação.
*Texto escrito pelas alunas Rachel Santana e Rayane Dias com supervisão da Profª Mônica Sousa*