Coral Marearte, de Arraial do Cabo, se torna patrimônio histórico e cultural do estado do Rio

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o Projeto de Lei que torna o Coral Marearte, de Arraial do Cabo, patrimônio histórico e cultural de natureza imaterial do estado. Com a lei em vigor desde 21 de fevereiro, a secretaria Estadual de Cultura tem a permissão de celebrar convênios não onerosos com empresas privadas, com municípios e entidades ligadas à cultura ao turismo ao lazer com a finalidade de fomentar a divulgação, o conhecimento e as apresentações do Coral em todo o território do Estado.

Presidente do Coral, Johnny Ribeiro declarou que recebeu a notícia “com muita alegria”. “Foi emocionante. A gente tem agora um período que a gente vai precisar ir até o Rio para poder receber esse título. Eu estou no Coral Marearte há muitos anos. A gente ficou parado um período porque a nossa maestrina voltou para o Uruguai, só que retornou e a gente conseguiu, depois de 10 anos trazê-la de volta”, explicou Johnny.

O Coral Marearte tem décadas de tradição. Em 1992, o grupo chegou a se apresentar na abertura da Conferência ECO 92. “Fomos o único grupo, se eu não me engano, folclórico do Brasil a ser convidado para participar, devido às nossas atuações, devido o tipo de música que a gente cantava, devido o tipo de cultura que a gente levava como carro-chefe”, afirmou Ribeiro.

Com o novo título, o plano do coral, agora, é tentar parcerias e viabilizar patrocínio. “Vamos também entrar, se Deus quiser, em algum processo da Prefeitura para ver o que a gente consegue, para receber uma ajuda, fazendo os convênios necessários para que o Coral possa caminhar com suas próprias pernas”, relatou.

Maestrina fundou Coral Marearte nos anos 80, em Arraial do Cabo

O Coral do Conservatório de Música de Arraial do Cabo nasceu por iniciativa da musicista Suzana Cazaux. Juntamente com ela, estavam um grupo de amigos que se reunia no conservatório de música da cidade. O nome Marearte mistura a característica da região, banhada pelo Oceano Atlântico, com o desejo do desenvolvimento artístico e cultural da Região dos Lagos.

Com orgulho, Suzana disse ao Portal Fontecerta.com que o tombamento como patrimônio, “é o maior reconhecimento que um conjunto pode receber”. “Eu sou uma maestrina, mas o conjunto de vozes, de pessoas, é o que faz o coral como ele é. Então, para mim, foi o reconhecimento do esforço, mas também um empurrãozinho para que a gente continue por esse caminho”, pontuou.