O escritor e pesquisador Leandro Miranda lança, nesta sexta-feira (15), seu novo livro, “Histórias do Arraial e a fábrica da baleia”. O evento começa às 18h, no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), Prédio Amazônia Azul, anexo do Museu Oceanográfico do IEAPM, que fica na Av. Luis Corrêa, 8, na Praia dos Anjos, em Arraial. O lançamento da obra, sob o selo da Sophia Editora, contará com uma palestra sobre a obra e noite de autógrafos.
Leandro escreveu o livro após a repercussão de “K-36 – o zeppelin que caiu no Cabo”, publicado em 2017, também pela Sophia Editora. Logo depois, o escritor esticou sua rede de pesquisas para encontrar outros detalhes, curiosidades e fatos sobre Arraial do Cabo. Para isso, utilizou documentos raros e conversas com antigos moradores.
Aliás, é essa extensa pesquisa que compõe o “Histórias do Arraial e a fábrica da baleia”. O objetivo da produção é traçar a história do município à luz de suas etapas de desenvolvimento, transições políticas e cenário cultural. Os elementos culminaram no curioso caso de instalação da fábrica japonesa Taiyo, nos anos 1960. O bairro onde ficava o empreendimento, não por acaso, ganhou o nome de Baleia.
Prefácio e orelha de ‘Histórias do Arraial e a fábrica da baleia’
“Leandro materializa a história de nossa querida cidade, principalmente temas que são passados por gerações apenas através da tradição oral. Nestas páginas, o pesquisador remonta os acontecimentos da virada da década de 1950 para 1960, a chamada “era de ouro”, e a luta do então 4º distrito de Cabo Frio para alcançar a tão sonhada emancipação, revisitando com isenção as primeiras e mais disputadas eleições do então recém-criado município de Arraial do Cabo. Por fim, Leandro fornece um importante – e inédito – registro sobre a abertura e funcionamento da fábrica da baleia”, escreveu Luciano Simas na orelha da obra.
Além disso, a memorialista Meri Damaceno assina o prefácio da obra. “A fábrica da baleia Tayo nos dá a oportunidade de conhecer o Arraial do Cabo de um outro tempo: não havia água encanada, apenas de cacimba; luz não existia; a medicina era apenas a doses homeopáticas dos boticários do lugar; e transporte ainda era em lombo de burro. Leo do Blimp nos mostra o modo mais puro do povo cabista, que, apesar de suas dificuldades, sempre foi aguerrido, trabalhador e, diria ainda, altamente espirituoso. Um povo que fez da pesca sua maior fonte de sobrevivência”, assinala Meri.