A Prefeitura de Cabo Frio está em negociação com o Projeto Albatroz para a instalação de um Centro de Visitação Pública e de Educação Ambiental Marinha. Segundo a proposta, o centro seria instalado na Avenida Wilson Mendes, próximo ao estacionamento dos ônibus de turismo, e a ong entra com o investimento, ainda a ser definido. A estimativa é de que a pedra fundamental do projeto seja lançada já no segundo semestre deste ano.
Segundo a Prefeitura, a estimativa é inaugurar o Centro de Visitação em 2020, com todas as condições para receber o público. Haverá cobrança de ingresso para turistas e visitantes em geral, em valor ainda a ser definido, mas para a comunidade do entorno e para escolas municipais o acesso será gratuito.
A equipe do projeto Albatroz entregou para o prefeito Adriano Moreno (Rede) um descritivo de como será o Centro de Visitação e de tudo que haverá no local. De acordo com a organização, o próximo passo é a cessão da área pela Prefeitura por comodato, em prazo ainda a definir. Na sequência, a busca pela concessão das licenças ambientais.
“Queremos criar projetos sólidos para que nada os desconstruam, pois eles pertencem à população. Nosso objetivo é solidificar as conquistas da cidade para que elas fiquem para as gerações futuras e mais para frente integrar todas essas propostas. Este será nosso legado”, afirmou o prefeito Dr. Adriano Moreno.
De acordo com o descritivo, o local terá uma área comunitária, ou seja, apenas para uso da comunidade do entorno com cursos de capacitação, de inclusão digital, de artesanato, de educação ambiental para jovens, curso de formação para que estes jovens sejam os guias da área de visitação pública; alojamento para pesquisadores que venham de fora; refeitório. Na área técnica haverá salas de veterinária, de tratamento de água e de quarentena para os animais que necessitarem, além de área administrativa e de carga e descarga.
Já o circuito de visitação pública contemplará aquário de toque (com animais vivos como tartaruga, peixes de grande porte etc), indicativas espalhadas pela trilha com informações sobre a fauna, a flora e que faz ligação com o Parque Dormitório das Garças), além de áreas fechadas para visitação interna, previsão de ferramentas tecnológicas para que as crianças tenham atividade interativa e de espaço para exposição itinerante.
“A proposta foi montada de acordo com a configuração física do espaço, de forma a aproveitar esse desenho. A ideia é que o acesso para a comunidade do entorno seja gratuito e que o valor para demais moradores seja acessível porque a intenção é fazer com que o espaço seja um local de educação ambiental que crie uma consciência coletiva da importância de se preservar o meio ambiente em geral”, contou a bióloga Tatiana Neves, coordenadora geral do projeto Albatroz.