Escola interditada em Cabo Frio passará por reforma estrutural

A Prefeitura de Cabo Frio anunciou, nesta quinta-feira (7), que abriu um processo para a reforma da estrutura da Escola Municipal Professora Maria José Barroso fica no bairro Santo Antônio, no distrito de Tamoios. Em reunião na terça (5), o Conselho Municipal da Educação (CME) definiu a interdição da unidade por conta das condições sanitárias insustentáveis, incluindo fossa/esgoto à céu aberto.

De acordo com o município, as aulas na unidade escolar foram temporariamente suspensas “devido à necessidade de remoção de árvores que estão enraizadas dentro do sistema de esgoto da escola”. A ação recebeu autorização da secretaria de Meio Ambiente e Saneamento e as aulas retornam na unidade na próxima segunda-feira (11).

A equipe de engenharia da secretaria de Educação (SEME) realizou uma visita técnica, “identificando diversos problemas estruturais”. O processo para reforma prevê solucionar, a partir do próximo mês, “as questões detectadas na unidade”.

Deliberação do CME optou por interdição da escola

A presidente do CME, Denize Alvarenga, disse ao Portal Fontecerta.com que a denúncia chegou até eles através de uma conselheira. No fim de novembro, o grupo debateu a necessidade de ir até a escola para apurar.

A visita oficial de três membros do conselho, no dia 29 de novembro, constatou a veracidade da denúncia. De acordo com Denize, “a situação da escola era muito grave”.

“Fossa com esgoto a céu aberto, tomando parte considerável do pátio. Para ter acesso às salas do segundo pavimento, os alunos precisavam pisar no esgoto”, afirmou a professora.

No entanto, não para por aí. Denize afirmou que a cisterna também tem situação gravíssima com raízes rompendo sua estrutura. “As salas [estão] sem ventilação. [Além disso, tem] calor e o fedor do esgoto por toda a escola”, arrematou.

Após a decisão unânime pela interdição imediata da escola, o Conselho Municipal a encaminhou à secretaria de Educação. “Caso não fosse cumprida a decisão do conselho, iríamos procurar outros órgãos de controle, como o MP [Ministério Público] e Vigilância Sanitária”, pontuou Denize.

No entanto, segundo a presidente do Conselho de Educação, não foi preciso, pois a SEME cumpriu a deliberação e as aulas foram suspensas. “Preservando assim, a vida integridade física e a saúde da comunidade escolar”, finalizou.