Mais de 700 mulheres já foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha, em Cabo Frio

A violência doméstica são as agressões física, sexual, patrimonial, psicológica e moral.

No Brasil, mais de 25,4 milhões de brasileiras já sofreram violência doméstica provocada por homens em algum momento da vida, segundo  a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher divulgada em 2023 pelo DataSenado. E em Cabo Frio, mais de 700 mulheres já foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha, que atua há 1 ano no município no enfrentamento á violência contra a mulher.

Essa realidade, que não escolhe classes sociais, raças e idades, tem motivado um movimento crescente de enfrentamento e busca por soluções efetivas em Cabo Frio. 

A Patrulha Maria da Penha foi desenvolvida com base na Lei Maria da Penha, de 2006, para ajudar a combater e auxiliar mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica. No entanto, para a superintendente dos direitos da mulher de Cabo Frio, Patrícia Cardinot, os desafios para implementar essas políticas de maneira eficaz ainda são muitos. 

Ela aponta que uma das dificuldades é conseguir investimento para que seja possível trabalhar de uma forma melhor, de maneira que dê para ampliar os espaços oferecidos às mulheres vítimas de violência doméstica. Porém, ela destaca que existe um desafio ainda maior para ajudar essas mulheres. 

“A maior necessidade mesmo é de que a mulher realmente denuncie, porque ela denunciando, ela vai ter toda uma estrutura que ela nem imagina. Ela vai ter um acompanhamento das Patrulhas Maria da Penha, porque após ela ter a medida protetiva, ela passa a ter o acompanhamento da nossa patrulha Maria da Penha do 25º BMP. Ela também tem uma ajuda e um apoio sempre que precisa da Patrulha Maria da Penha, da guarda municipal e do Ceam”, informou Patrícia. 

A Patrulha Maria da Penha de Cabo Frio atua no atendimento dos casos tipificados na Lei Maria da Penha, como a violência física, sexual, patrimonial, psicológica e moral. De acordo com os registros municipais, a maior incidência na cidade é de casos de violência física e sexual. 

Essa realidade, segundo Patrícia, se dá devido a maior parte das mulheres que sofrem com os demais tipos de  violência só entenderem a agressão física e sexual como violência doméstica.

“Na verdade, a maioria das pessoas só entendem violência quando leva um soco, quando ela é agredida, e não é bem assim. A mulher também sofre a violência psicológica, moral e patrimonial”, pontuou. 

Para ajudar essas mulheres a entenderem melhor pelo que estão passando e se reerguerem, Patrícia conta que são oferecidos pelos polos de atendimento não apenas o apoio jurídico, mas outros tipos de ajuda, como cursos, moradia, transporte, rodas de conversas, apoio psicológico e outros tipos de acompanhamentos após a denúncia.

Além disso, em nota a prefeitura informou que são oferecidas às vítimas também atendimento emergencial com acionamento pelo 153, acompanhamento para registro da ocorrência policial, em caso de agressão as vítimas são encaminhadas, e acompanhadas, para o corpo delito e, se necessário, atendimento médico na rede pública de saúde. 

A prefeitura informou ainda que caso as vítimas não possam voltar para casa, a Patrulha Maria da Penha viabiliza junto a rede familiar ou a rede municipal um local seguro para ela, além de realizar acompanhamento de medidas protetivas e ronda tranquilizadora no local.

Tanto para denunciar quando para requerer ajuda, as mulheres vítimas de violência domésticas podem procurar os seguintes canais:

· Patrulha Maria da Penha Guarda Civil Municipal: 153;

· Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar (25º Batalhão): 190;

· Ceam Polo (Braga)

Rua Florisbela Rosa da Penha, 292, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

Whatsapp: (22) 99808-2557

· Ceam Rosa da Farinha (Tamoios)

Rua Rio de Janeiro, 54, Aquárius, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

Whatsapp: (22) 9 9605.8708;

· Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam)

Rua Getúlio Vargas, s/n – São Cristóvão.

Telefone: (22) 98106.2445;

· Central de Atendimento à Mulher: 180.

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