A sede da editora Sophia, no Centro de Cabo Frio, recebe, nesta terça-feira (16), o lançamento do novo livro do professor e historiador Paulo Cotias. A obra se chama “12 lições contra o neofascismo”. O evento terá bate-papo com o autor e noite de autógrafos na Rua Major Belegard, 502, a partir das 19h.
Na obra de 148 páginas, Paulo Cotias analisa o neofascismo como fenômeno caleidoscópico. Ou seja, com várias facetas e manifestações, muitas vezes, silenciosas e subliminares.
Dessa forma, surgem as 12 lições que motivam o título do livro e seus capítulos. São elas: cuidado com o academicismo; o neofascismo tende a se unificar; o neofascismo é envergonhado de si; o neofascismo precisa de arautos; o neofascismo precisa de seguidores; democracia em desencanto; o neofascismo precisa de inimigos; o neofascismo precisa de uma estética; o neofascismo precisa de um braço armado; o neofascismo precisa de um multiverso; o neofascismo precisa de uma fé; o neofascismo precisa de um algoritmo.

Paulo Cotias é historiador, especialista em Docência Superior e mestre em Educação. Sendo assim, no livro, Cotias aposta na linguagem clara e objetiva aliada a uma detalhada – e necessária – contextualização histórica. Logo de início, um alerta: “Cuidado com o academicismo”.
“Tratar o neofascismo com eufemismos ou outros nomes menos comprometedores – como “populismo de direita”, “extrema direita” ou “conservadores” – é fazer seu jogo. Ele, como veremos, não pode vir à luz com esse nome. Não quer isso”, afirmou.
Nas páginas seguintes, o autor segue com o dedo na ferida. Por exemplo, na lição 4, afirma: “o neofascista se admira no espelho, mas é temeroso das leis, ética e civilidade, que acredita que o oprimem e podem punir. Por isso, reluta, esperneia e revolta-se se for percebido clara e publicamente como tal. É como a retirada vergonhosa de um disfarce”.
