A prisão de dois homens suspeitos de praticar crimes contra a comunidade LGBTQIA+ em Cabo Frio nesta quarta-feira (29) acendeu o alerta sobre a violência contra esse setor da sociedade.
Em uma ação no bairro Braga, policiais militares prenderam uma dupla que estaria praticando assaltos e extorsões não só em Cabo Frio, mas na Região dos Lagos.
De acordo com a PM, no momento da ação, os homens estavam armados e, segundo denúncia, procuravam novas vítimas.
Na 126ª Delegacia de Polícia, em Cabo Frio, os agentes encontraram a ficha criminal dos sujeitos. Nesse sentido, a equipe constatou envolvimento deles em diversos atos criminais, como extorsão, sequestro, roubo e estupro.
As informações extraoficiais dão conta de que os sujeitos fariam parte de uma quadrilha que utilizava aplicativos de relacionamento para atrair suas vítimas.
O presidente do Grupo Iguais, Rodolpho Cambpell, disse ao Portal Fontecerta.com que acredita que a “justiça está sendo feita”. A organização não-governamental é pioneira na luta contra a LGBTIfobia em Cabo Frio e na região.
“Precisamos, agora, que outras vítimas, que sabemos que existem, dessa gangue procurem a 126ª DP e/ou o Centro de Cidadania LGBTI+, à superintendência de Políticas LGBTI Públicas de Cabo Frio ou o Grupo Iguais para denunciá-los”, afirmou.
Rodolpho acrescentou que “eles precisam ficar atrás das grades por bastante tempo e longe de cidadãos de bem”.
De acordo com o ativista, o movimento social trabalha, hoje em dia, com indicadores de subnotificações. Isso porque os boletins de ocorrência de crimes contra a comunidade, muitas vezes, “não deixam claro o crime de homolesbotransfobia”.
“Todo mês, sempre recebemos casos de LGBTIfobia em escola, ambiente público e ou estabelecimento privado”, lamentou Campbell.