O Tribunal de Justiça Desportiva anunciou, neste domingo (8), que o Estádio Correão, em Cabo Frio, está interditado por causa da confusão após a partida entre Cabofriense e Portuguesa, que terminou com a vitória dos visitantes por 4 a 1.
A decisão foi tomada no plantão do TJD-RJ, ainda no sábado (7), e inclui a proibição da torcida da Cabofriense de frequentar qualquer arena esportiva em competições realizadas pela FERJ e o bloqueio do repasse da cota de televisão até que o prejuízo material seja calculado.
Em partida válida pela segunda rodada da Taça Rio, torcedores do clube de Cabo Frio invadiram o vestiário da Lusa e agrediram funcionários do clube. Houve também depredação do ônibus do time.
O pedido de liminar da Procuradoria do TJD-RJ diz que faltam condições de segurança no Correão e que a torcida do mandante não poderia, “sob hipótese alguma, agir no ímpeto de agredir a equipe visitante dentro do vestiário, onde o acesso é proibido e depredar seu ônibus”.
– Registre-se primeiramente que esta decisão está sendo proferida poucas horas após o incidente e em regime de plantão deste órgão judicante, o que mostra aos jurisdicionados que a Justiça Desportiva do Estado do Rio de Janeiro não admite, sob hipótese alguma que episódios de violência ocorram em arenas esportivas da sua jurisdição. Os fatos ocorridos na data de hoje são extremamente inadmissíveis e refletem o que existe de pior no esporte. É inaceitável que em uma arena esportiva frequentada por crianças, famílias, idosos e torcedores em geral seja palco de algo tão baixo, vil e que merece punição rigorosa e resposta imediata – lamentou o presidente Marcelo Jucá.
Sobre o bloqueio da cota televisiva, decisão inédita deste Tribunal, a presidência destaca o prejuízo material causado à Portuguesa e cita as agressões aos membros do clube.
– São notórios os prejuízos materiais que a entidade de prática, vitoriosa em campo, foi vítima. Das imagens e fotografias colacionadas pela Procuradoria de Justiça Desportiva, já podemos vislumbrar um ônibus absolutamente destruído e pessoas com ferimentos, isso sem falar no momento de pânico que eles certamente viveram. Desta forma, justo, correto e razoável que se bloqueie toda e qualquer remuneração relativa a direitos de transmissão até que se apure o valor do prejuízo suportado pela Associação Atlética Portuguesa – concluiu Jucá.
Em breve, será escolhida a Comissão Disciplinar para o julgamento da denúncia. Em nota divulgada nas redes sociais do clube, a Cabofriense repudiou os atos de violência, mas disse que confusão aconteceu depois que o segurança do time visitante teria sacado uma arma na direção dos torcedores do Tricolor Praiano.
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