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Com obra não concluída, espaço do 1º Museu do Sal do Brasil, em São Pedro, registra abandono

Prazo para entrega da construção, orçada em mais de um milhão, está vencido há quase dois anos

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O que era pra ser um espaço de resgate ao patrimônio material e imaterial relativo ao trabalho nas salinas, principal atividade econômica na Região dos Lagos na década de 50, virou cenário de abandono. O término das obras do 1º Museu de Sal do país em São Pedro da Aldeia está com prazo vencido há quase dois anos e as intervenções no local seguem paradas. A obra foi orçada em R$ 1.135.990,09, com repasse de R$ 975.000,00 pelo governo federal, segundo dados da placa informativa colocada na área. De acordo com a prefeitura foram gastos no projeto R$346.834,13, correspondente a 30,5% de execução.

No espaço, é possível constatar abandono com matos altos e invasão de gado para pasto. Segundo a Prefeitura, a empresa que ganhou a licitação e iniciou a construção desistiu da obra. Ainda de acordo com a Prefeitura, devido à desistência da empresa, o contrato para a construção do Museu do Sal foi reincidido. O contrato entrou em reprogramação junto à Caixa Econômica Federal (CEF) e o município tem até sexta-feira (1º) para encaminhar os documentos de exigências da Caixa Econômica. Após esse envio, a CEF tem trinta dias para aprovar ou relatar novas exigências. Havendo a aprovação, o processo licitatório, para a escolha da nova empresa, deve ser iniciado em janeiro de 2018.

Obra foi orçada em R$ 1.135.990,09, com repasse de R$ 975.000,00. Foram gastos apenas R$346.834,13 no projeto, afirma Prefeitura
Obra foi orçada em R$ 1.135.990,09, com repasse de R$ 975.000,00. Foram gastos apenas R$346.834,13 no projeto, afirma Prefeitura. Foto: Fonte Certa

A construção é uma parceria entre o município e o Ministério do Turismo. A prefeitura também informou que o município tem a responsabilidade de valor da contrapartida, que é de R$134.784,33, além do acompanhamento da obra e qualquer tipo de alteração necessária no projeto.

As obras do museu foram iniciadas em maio de 2015 e deveriam ser concluídas em janeiro de 2016. O projeto previa a reconstrução de um casarão com duas salas de exposição, sala de administração e manutenção de acervo, copa de apoio, recepção e loja, além de cafeteria, banheiros com acessibilidade, área de lazer com bicicletários, bancos, deck de madeira e moinho, entre outros. A construção ainda iria contar com um piso para garantir a acessibilidade e uso sustentável do espaço, com captação de água da chuva e uso de energia eólica para abastecer a casa e a praça de entrada através de moinhos.

Em relação à invasão do gado, a Prefeitura afirmou que a informação não procede que a área citada não faz parte do Museu do Sal, e sim de uma fazenda próxima (área particular).

Área segue abandona e é invadida por gado
Área segue abandona e é invadida por gado. Foto: Fonte Certa

Cultura do sal
A cultura do sal teve início na região ainda no período do Império. Desde a produção artesanal até o boom industrial, por volta da década de 1920, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Araruama, construíram 109 salinas. No entanto, com a desvalorização do sal, a atividade deixou de ser lucrativa e quase a totalidade das salinas fechou as portas.

A historiadora Margareth Alves ressalta que o museu do segmento colocaria em evidência a importância do sal na história da região.

“O sal colocou a região em evidência nacional. O museu faz o registro da história e da cultura de um lugar. Uma cidade que não se preocupa com isso deixa de lado o desenvolvimento do seu povo em todos os níveis”,

afirmou a historiadora que também é professora universitária e paleógrafa.

Cultura do sal marca cultura e história da Região dos Lagos
Cultura do sal marca cultura e história da Região dos Lagos. Foto: Reprodução/ Internet

 

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