Agentes da Polícia Federal de Macaé cumpriram, nesta quinta-feira (4), dois mandados de busca e apreensão em São Pedro da Aldeia. A ação ocorreu durante a Operação Aquarium, visando reprimir o comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção. De acordo com as investigações, uma empresa com sede no município vendeu espécies sem autorização. A nota fiscal dos produtos não correspondia à carga.
Os trabalhos tiveram início após a PF receber um relatório de fiscalização do Ibama. Nele, constavam informações de uma vistoria em carga de animais marinhos, no galpão de uma companhia aérea no Aeroporto Internacional de Belém. A carga tinha 22 peixes ornamentais de diversas espécies. O local de embarque foi o Aeroporto Santos Dumont e destino final, o Aeroporto de Belém.
Quem comercializou a carga foi a empresa aldeense, que tem foco na venda de peixes ornamentais para o exterior. No entanto, a fiscalização constatou que a nota fiscal que a empresa apresentou estava em desacordo com os animais presentes no interior da carga. Entre eles, haviam espécimes de Linckia guildingi, uma estrela-do-mar que consta da Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Inclusive, os animais chegaram mortos em Belém.
Polícia indiciou dona da empresa por situação similar em 2020
A proprietária da empresa já foi alvo de investigação e indiciamento em 2020. O crime foi justamente o comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção. Assim sendo, a PF afirma que ela registrou a empresa investigada e manteve a prática ilícita mesmo após o seu indiciamento.
A operação desta quinta contou com o apoio do ICMBio. Nesse sentido, o órgão auxiliou na identificação das espécies, bem como na averiguação da procedência dos animais.
Conforme reportou a polícia, a proprietária da empresa responderá pelos crimes de comércio ilegal de animais de espécie rara ou considerada ameaçada de extinção e falsidade ideológica. Além disso, a PF não descarta a possibilidade de surgimento de outros delitos no decorrer da investigação.
Ainda segundo a Polícia Federal, os agentes seguirão apurando o caso. O objetivo é revelar outros envolvidos no esquema criminoso, bem como identificar o local de procedência dos animais. Há indícios de que eles venham das águas da própria Região dos Lagos fluminense.