Projeto Mar de Baleias já alcançou mais de 1,6 mil estudantes na Região dos Lagos

Iniciativa da FUNTEC Ambiental leva palestras e atividades práticas a escolas, aproximando jovens da conservação marinha

Iniciativa da FUNTEC Ambiental leva palestras e atividades práticas a escolas, aproximando jovens da conservação marinha

A relação dos jovens da Região dos Lagos com o oceano está ganhando uma nova perspectiva dentro das salas de aula. O Projeto Mar de Baleias, iniciativa da FUNTEC Ambiental, já alcançou 1.628 estudantes em Arraial do Cabo, Rio das Ostras e Araruama, levando conhecimento sobre baleias, golfinhos e outros aspectos da fauna marinha.

As atividades têm como objetivo aproximar os alunos da realidade do meio ambiente em que vivem, despertando a consciência sobre a preservação e incentivando a formação de multiplicadores desse saber. Na última terça-feira (16), por exemplo, mais de 200 alunos da Escola Bilíngue Municipal Sueli Amaral, em Araruama, participaram de palestras conduzidas pela bióloga Dora Barbalho, com a participação do Instituto BW.

Em Arraial do Cabo, o projeto já passou por cinco escolas, envolvendo mais de mil alunos. Em Rio das Ostras, cerca de 400 estudantes também tiveram a experiência. E a programação segue em expansão: no próximo dia 22, a equipe estará em uma escola no bairro Figueira, em Arraial.

Para Dora, que é especialista em ciências ambientais em áreas costeiras e vice-coordenadora do projeto, a baleia-jubarte é uma espécie de “bandeira” para o trabalho educativo. “O principal objetivo de levar as palestras às escolas é aproximar esse conhecimento da comunidade escolar, para que os estudantes atuem como multiplicadores e despertem o interesse pela conservação marinha. Buscamos trabalhar a cultura oceânica na educação e conscientizar sobre a preservação desse rico ecossistema da região”, afirma a bióloga.

Além das palestras, o “Pesquisador por um Dia” tem sido outro destaque do Mar de Baleias. No mirante do Pontal do Atalaia, em Arraial, os alunos vivenciam a rotina de monitoramento de cetáceos, registrando dados em cadernetas de campo e conhecendo de perto os equipamentos utilizados pelos pesquisadores.

A metodologia vai além da observação. Trata de temas como mudanças climáticas, poluição marinha e biologia das espécies locais. Segundo Dora, muitos estudantes revelam surpresa ao descobrir a diversidade de animais que habitam o mar da região. “Muitos não conhecem a própria fauna do território. A baleia-jubarte, por ser carismática e despertar curiosidade, funciona como um elo para abordar outras questões ambientais e até para mostrar que a pesquisa científica pode ser um futuro possível para eles”, explica.

Lei da Cultura Oceânica

Além das atividades educativas, o projeto dialoga com uma conquista recente. Arraial do Cabo aprovou recentemente a Lei da Cultura Oceânica, que institui a promoção da temática na rede municipal de ensino. O texto, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Marcelo Magno no início de setembro, prevê a criação do “Currículo Azul”, a ser desenvolvido pela Secretaria de Educação, que integrará gradualmente conteúdos relacionados ao mar à formação escolar. A proposta é considerada estratégica para um município cuja identidade está profundamente ligada ao oceano e abre caminho para consolidar a chamada Economia Azul, conciliando preservação ambiental, inovação sustentável e geração de renda.

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