A Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e telefônico do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nesta quarta-feira (20). A decisão foi do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesse sentido, a quebra de sigilo se dá em meio à Operação Sétimo Mandamento, da Polícia Federal (PF).
Quem divulgou a informação foi a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Até o momento, o Governo do Estado não se posicionou.
Um dos alvos da operação da Polícia Federal foi Vinícius Sarciá Rocha, presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (AgeRio). O homem é irmão de criação de Cláudio Castro. Na casa dele, agentes apreenderam R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie.
De acordo com o g1, parte desse dinheiro estava em uma caixa de remédios. Além disso, a ação apreendeu ainda anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.
Além da quebra de sigilo do governador, Raul Araújo expediu sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis de sigilo telemático.
A Operação Sétimo Mandamento investiga possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. Segundo a Polícia Federal, houve a identificação de pagamentos de vantagens ilícitas entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social. Ao todo, o montante chega ultrapassa R$ 70 milhões.
Além de Sarciá, sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da secretaria Estadual de Governo; e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. De acordo com a jornalista Andréia Sadi, apesar de Castro não ser alvo da operação, ele está sob investigação.