O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ordenou a interrupção imediata da greve dos profissionais da educação, que teve início nesta quinta-feira 9(26). Segundo a prefeitura, os servidores devem retornar imediatamente ao trabalho, com o objetivo de manter os serviços essenciais e garantir os direitos dos servidores dentro dos limites estabelecidos pela Justiça.

A decisão vem em um momento de alta tensão entre a Prefeitura e os profissionais da educação, que entraram em greve por tempo indeterminado em protesto contra a terceirização das cozinhas escolares. A categoria, representada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – núcleo Lagos, reivindica mais transparência e diálogo, principalmente em relação ao aumento expressivo nos custos da alimentação escolar, que passaram de R$ 8 milhões para quase R$ 50 milhões, segundo a ata de registro de preços assinada pelo secretário municipal de Educação, Rogério Jorge da Silva.

Clima tenso na reunião sobre terceirização

Outro episódio de tensão aconteceu durante uma reunião na Câmara Municipal, quando representantes do Sepe Lagos, em protesto, viraram as costas durante a fala do líder do governo, Léo Mendes (MDB), vice na chapa da prefeita Magdala Furtado (PV). O gesto simbolizou a insatisfação da categoria com a falta de diálogo e de soluções efetivas para a crise.

A reunião, que contou com a participação de membros da Comissão de Educação, o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), o CACS-Fundeb e representantes da Secretaria Municipal de Educação (Seme), terminou sem avanços concretos. A retirada do superintendente financeiro da Seme, Clésio Guimarães, e as interrupções frequentes durante a fala do secretário de Educação, Rogério Jorge, intensificaram o clima de insatisfação. O presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereador Rodolfo de Rui, destacou a necessidade de mais transparência no processo, criticando a falta de uma ampla discussão sobre o tema.

Embora a greve tenha sido suspensa por força de decisão judicial, o impasse entre os profissionais da educação e o governo municipal ainda está longe de ser resolvido. Até o momento o Sepe Lagos não confirmou se já foram comunicados da decisão.

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