Uma força-tarefa da Operação Lava Jato divulgou uma planilha encontrada na casa do deputado preso, Edson Albertassi (PMDB), que revela como cargos políticos eram distribuídos para atender o esquema de corrupção do Governo do Rio de Janeiro. O esquema foi revelado nesta quarta-feira (20) no Jornal Nacional. Os deputados Paulo Mello, Jânio Mendes e Macia Jeovani, de origem da Região dos Lagos, integram a lista do esquema de cargos.
De acordo com os dados da planilha, Paulo Mello tinha 63 cargos para distribuição. Marcia Jeovani teria 11 vagas e Jânio Mendes indicava 15 vagas. A distribuição acontecia em órgãos como Detran, Fundação LEÃO XIII e SSP em várias cidades do Estado. Segundo a investigação, com a planilha era mantido o controle rigoroso sobre nomeações de cargos no governo. A mesma planilha também servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações, segundo a força-tarefa.
Segundo o Ministério Público Federal, a lista possui 16 páginas com 880 vagas, e servirá como prova de que os deputados agiam em barganha com cargos para manter o esquema de corrupção. A lista completa pode ser vista no link.
Paulo Mello, que tem tem origem política em Saquarema e é casado com a ex-prefeita da cidade, segue preso por crimes investigados na Operação Cadeia Velha. Já Jânio Mendes tem origem política em Cabo Frio, onde já foi vereador por cinco mandados. Marcia Jeovani é de Araruama e é casada com o empresário e ex-prefeito da cidade, Miguel Jeovani.
Em nota, o deputado informou que “O PDT fez parte da campanha que elegeu o governador. Na composição do governo, foi solicitada a indicação de pessoas para preenchimento de cargos em comissão na região. Dos indicados pelo deputado, os que foram nomeados exercem ou exerceram o cargo regularmente e atendem as necessidades técnicas de cada função. Constam na lista pessoas que sequer foram nomeadas ou que já pediram exoneração”.
O Portal Fonte Certa tenta contato contato com os demais deputados citados para um posicionamento.
