As cidades da Região dos Lagos tiveram um começo de ano com mais casos de letalidade violenta do que no ano anterior. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), foram 23 registros no mês de janeiro de 2024, contra 17 no mesmo período de 2023. O indicador engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção por agente do Estado. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o ano começou com o menor número de ocorrências desse tipo em 34 anos.
Os dados do ISP revelam que foram 21 homicídios dolosos na área do 25º Batalhão de Polícia Militar. Nove dos registros foram da 118ª Delegacia Policial, de Araruama. Logo depois, com quatro ocorrências, vêm a 125ª DP, em São Pedro da Aldeia, e a 126ª DP, em Cabo Frio. A 127ª DP, em Búzios, registrou dois homicídios dolosos, enquanto as delegacias de Saquarema – 124ª DP – e de Iguaba Grande – 129ª DP – tiveram um caso. A 132ª DP, em Arraial do Cabo, não apresentou registros.
Em Araruama, também houve um registro de latrocínio. Enquanto isso, Búzios registrou uma ocorrência de morte por intervenção de agente do Estado.
Apesar da alta de um ano para o outro, de 2015 para cá, os números de 2024 só foram maiores que os de 2023. O levantamento do ISP aponta que o pior ano da série histórica foi 2020, com 35 registros de letalidade violenta.
Letalidade violenta no estado do Rio de Janeiro
Com relação ao estado, a letalidade violenta caiu 15% em relação a janeiro de 2023, indo de 375 para 317 no primeiro mês deste ano. O indicador apresentou o menor número de vítimas desde 1991. Por exemplo, os registro de mortes por intervenção de agente do Estado caíram 45%, ao menor número desde 2016. Já os homicídios dolosos também registraram diminuição, de 3%, o menor número de vítimas desde 1991.
Além disso, os crimes contra o patrimônio, como roubos de carga e de rua, também sofreram declínios em janeiro. Os roubos de carga reduziram 34%. Foram 205 casos, 107 roubos a menos quando comparado com o mesmo mês de 2023. Este foi o menor número de casos desde 1999. Ainda em janeiro, os roubos de rua (roubo de aparelho celular, roubo a transeunte e roubo em coletivo) apresentaram queda, registrando o menor número de casos desde 2005.