A população brasileira começará a diminuir a partir de 2042. As informações são o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas nesta quinta-feira (22). O Brasil deve atingir seu número máximo de habitantes, estimado em 220,43 milhões, até 2041.

Segundo o IBGE, a partir de 2042, o índice de queda da população também deve cair de forma gradual e se aproximar de 0,7% ao ano em 2070, quando o total de habitantes do país deverá alcançar 199,23 milhões.

“No início dos anos 2000, a gente tinha uma taxa de crescimento acima de 1%. Estamos nos aproximando de zero. Em se tratando de Brasil, isso se dá principalmente pelo saldo de nascimentos e mortes. Nesse ponto [em 2042], o número de óbitos superaria os nascimentos”, afirma o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.

Os números apontam ainda que o estado do Rio de Janeiro está na lista dos três estados brasileiros que já deve começar a perder população ainda nesta década até 2028. Por outro lado, a população de Mato Grosso deverá continuar crescendo pelo menos até 2070.

As projeções divulgadas nesta quinta-feira se baseiam nas novas estimativas populacionais feitas pelo IBGE, com base nos dados do Censo 2000, 2010 e 2022, na Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo (PPE, que corrigiu inconsistências do levantamento demográfico de 2022) e nos registros de nascimento, mortes e migração no pós-pandemia.

Reposição

A queda de população tem relação com a redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira. Em 2023, ela chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa considerada adequada para a reposição populacional, que foi de 2,1 filhos por mulher.

Entre as unidades da federação, apenas Roraima ainda mantém taxa de fecundidade acima do nível de reposição em 2023, com 2,26 filhos por mulher. A menor taxa estava no Rio de Janeiro (1,39).

Agência Brasil

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