Alunos de Cabo Frio e Saquarema participam de desafio da Nasa

Uma equipe formada por alunos de Cabo Frio e de Saquarema participam do seleto desafio Rover Challenge, competição organizada pelo Marshall Space Flight Center da Nasa, em Huntsville, Alabama (EUA). A disputa acontece de 16 a 18 de abril e o objetivo é estimular estudantes a projetar, construir e testar veículos movidos pela força humana, também conhecidos como “Rover”.

Esta é a primeira vez que o time Brazil Monaco Global Institute (BMGIS), da Região dos Lagos, participa da competição. Em 2019, o estudante Felipe Valeriote e sua equipe Apha Team Brazil ficaram entre os vinte melhores, ocupando a 13ª posição no ranking mundial, à frente, inclusive, de outras equipes que já haviam participado da competição. O rover está sendo construído em Saquarema.

A BMGIS é composta por Felipe Valeriote (líder do time), Marcus Alexandre, Maycon Quites, Vinicius Donato, Daniel Martins, Rafaella Knauft, João Felipe, Andrew Vila e pelo professor e orientador, Lourival Zacharias. Durante a competição, os estudantes testam o equipamento em um circuito que simula as condições do sistema solar e realizam tarefas como coletar e devolver amostras, tirar fotografias, plantar uma bandeira, além de corrida cronometrada.

“Responsabilidade grande este ano porque lidero um time maior do que o do ano passado. Eu e minha equipe esperamos nos dedicar ao máximo por que paixão pela tecnologia espacial é o que nos move. E o que nos difere é a nossa união, a soma de esforços para solucionar os problemas por meio dessa área. Estamos felizes em participar da competição”, contou Felipe Valeriote, líder da equipe.

O rover é um tipo de carrinho cujo objetivo é manter os astronautas ativos e saudáveis durante as expedições fora da Terra. O intuito do carrinho (Rover) é não deixar que os astronautas percam massa muscular e frequência cardíaca em territórios com pouca gravidade.

Rover sustentável

Segundo Felipe, o equipamento deste ano é um quadriciclo que não visa apenas a sustentabilidade. Um dos objetivos é fazer um veículo mais veloz, que trará alusões às mudanças climáticas e temas afins. O aparelho está sendo desenvolvido por engenheiros e por membros da equipe em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que apoia o projeto.

A construção do veículo é inspirada ainda em várias características do Principado de Mônaco e a peça, inclusive, levará o nome do príncipe Albert. A homenagem se deve ao fato de o país ter apoiado a equipe na competição do ano passado e continuar com o incentivo em 2020. O apoio foi oferecido por meio da Associação Brazil Monaco Project, da qual Luciana de Montigny é a presidente de honra, e do Dr. Ilhami Aygun, presidente da empresa de satélite Mônaco Sat.

Sobre o Rover Challenge Nasa

Anualmente, mais de 100 equipes participam do desafio de exploração humana da Nasa. Cada país pode inscrever até quatro grupos nas categorias high school ou college. O Brasil possui quatro equipes, sendo duas delas sediadas em Saquarema, na Região dos Lagos, uma em São Gonçalo (categoria high school) e outra em Petrópolis (college).

A competição é uma das iniciativas da Nasa para incentivar os alunos a estudar os campos Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, conhecidos como STEM, e, assim, inspirar a próxima geração de exploradores. Tanto a disputa, que acontece durante dois dias, quanto a cerimônia de premiação, serão transmitidos ao vivo pelo Facebook Live, Periscope, Ustream, entre outros.

Apoio para competir

Apesar do interesse dos jovens por tecnologia espacial e de já terem participado de outras competições, falta patrocínio para que os estudantes consigam montar o rover e custear a viagem aos Estados Unidos. Os alunos têm usado da criatividade para conseguir os recursos, seja utilizando materiais recicláveis, buscando ajuda no comércio regional e também com uma vaquinha online ou pelo telefone 22 98801-3695.

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