São Pedro da Aldeia tem caso suspeito de intoxicação por metanol

Paciente passa bem, mas suspeita segue em investigação pela Secretaria de Estado de Saúde

Caso foi registrado no Pronto-Socorro Municipal, na última sexta-feira (3). Foto: Débora Clara Santos/ Fontecerta.com

Os primeiros casos suspeitos de intoxicação por metanol no Rio de Janeiro começaram a aparecer neste fim de semana. Até o momento, dois casos são investigados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro: o primeiro foi notificado em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e o segundo em São Pedro da Aldeia.

No município aldeense, o caso foi registrado no Pronto-Socorro Municipal, quando um paciente de 37 anos, que estava na cidade a trabalho, procurou atendimento médico na última sexta-feira (3) após sentir dor abdominal e desorientação.

Segundo a Prefeitura de São Pedro da Aldeia, o homem relatou ter ingerido bebida alcoólica em menos de 12 horas antes do surgimento dos sintomas. E por apresentar características semelhantes às de intoxicação, os profissionais adotaram o protocolo estadual previsto para casos suspeitos de metanol.

Apesar dos sintomas, o paciente apresentou melhora significativa ao longo do fim de semana e, atualmente, está lúcido e orientado. O caso, no entanto, segue em análise laboratorial para confirmação ou descarte da intoxicação.

Entenda o caso

O metanol é uma substância química utilizada principalmente na indústria, presente em combustíveis, solventes e produtos de limpeza, e é utilizado de forma clandestina para adulterar bebidas alcoólicas. Quando ingerido, pode causar danos graves ao organismo, afetando órgãos, medula, cérebro e nervo óptico — o que pode levar à insuficiência pulmonar e renal, cegueira, coma e até à morte.

Desde a última semana, o País passa por um surto de contaminação de bebidas, que teve início no estado de São Paulo. Até o momento, segundo o último boletim do Ministério da Saúde, já foram registradas 225 notificações de intoxicação por metanol, sendo 16 casos confirmados e 209 em investigação.

Um caso passa a ser classificado como suspeito quando, entre 12 e 24 horas após o consumo de bebida alcoólica, o paciente apresenta ou mantém sintomas como sensação prolongada de embriaguez, desconforto estomacal e distúrbios visuais.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, que está acompanhando a situação no estado fluminense, a recomendação é que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.

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