Nem mesmo com um “empurrãozinho” financeiro oriundo de recursos estaduais e federais recebidos nesta primeira quinzena de janeiro, Cabo Frio permanece atolado em uma crise financeira sem precedentes. Isso porque a dívida municipal ultrapassa R$ 1,23 bilhão, o que corresponde a cerca de 84% da receita prevista para 2025, estimada em R$ 1,47 bilhão. Essa situação foi agravada pela herança do governo da ex-prefeita Magdala Furtado, que deixou os cofres municipais praticamente vazios.
Entre as transferências liberadas para Cabo Frio nesta primeira quinzena do ano, destaca-se o montante de R$ 41.942,46 referente à CIDE-Combustíveis. Esse recurso é destinado, principalmente, a projetos relacionados à infraestrutura e mobilidade urbana, como obras de pavimentação e drenagem, melhorias na sinalização de trânsito, implementação de ciclovias, construção de terminais de ônibus e campanhas educativas.
Outra verba significativa foi o repasse de R$ 3.412.665,73 do FPM. Embora de livre aplicação, esses recursos são prioritariamente utilizados para o pagamento de salários de servidores, manutenção de escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), aquisição de medicamentos e equipamentos médicos, além de pavimentação e reforma de prédios públicos. Já o Fundeb destinou R$ 3.728.891,04 para a educação básica, valor que deve ser utilizado na manutenção de escolas, valorização de profissionais da educação e aquisição de materiais pedagógicos.
O ITR, por sua vez, rendeu ao município R$ 24.876,64. Este tributo é destinado à melhoria de estradas rurais e ao apoio a projetos de saneamento básico e ambiental. Além disso, os royalties do petróleo contribuíram com um montante de apenas R$ 171.882,23, uma soma decepcionante considerando a importância desse recurso para a economia local.