Quinze dias após a morte do policial militar Flávio Nogueira Pessanha, de 41 anos, durante uma operação no bairro Maria Joaquina, em Cabo Frio, a família ainda luta para entender o que aconteceu naquela tarde fatídica de 13 de setembro.

A sensação de injustiça e a busca por respostas permanecem fortes. Em entrevista exclusiva ao Portal Fonte Certa, um familiar que prefere não ser identificado, afirma que Flávio foi morto por um colega de farda, conforme declaração dada pelo soldado envolvido, ouvido pela Polícia Civil. “As suspeitas foram confirmadas, Flávio foi executado em serviço por um colega de farda. Estamos buscando informações e exigimos justiça. Até agora, não há um posicionamento oficial do 25º Batalhão da Polícia Militar. Sentimos que muitas coisas estão sendo ocultadas”, conta.

O sargento Flávio Nogueira, que atuava no Serviço Reservado (P2), estava investigando uma denúncia quando foi surpreendido por disparos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que ele foi atingido por quatro tiros de fuzil, sendo alguns pelas costas, o que intensificou as dúvidas da família sobre o ocorrido. “Onde estão as câmeras corporais dos policiais envolvidos? Onde estão os armamentos? Por que a corporação ainda não se pronunciou publicamente?”, questiona.

A presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Cabo Frio, Patrícia Cardinoth, está acompanhando de perto todos os desdobramentos sobre o caso. “Estou em contato com o comando do 25º Batalhão, que afirma estar em contato direto com a esposa do Flávio. A investigação está sob a responsabilidade da Corregedoria da Polícia Militar. É uma situação extremamente triste, e tudo está sendo apurado com rigor”, completa.

Apesar das investigações em andamento, o silêncio das autoridades preocupa a família do policial. “Não queremos honras militares, queremos a verdade e que os responsáveis sejam punidos. É nosso direito saber o que aconteceu”, desabafa o cunhado.

Ao Portal Fonte Certa o Comando da Polícia Militar enviou a seguinte nota:

“O Comando do 25° Batalhão de Polícia Militar (Cabo Frio) está colaborando integralmente com todo o processo investigativo em andamento, na Polícia Civil e na Corregedoria da Polícia Militar, visando à elucidação do caso. Vale lembrar que ambos procedimentos serão analisados posteriormente pelo Ministério Público. A instituição reitera seu compromisso com a transparência e justiça, enfatizando que não é possível emitir opiniões e ou pareceres antes da conclusão do processo investigativo.”

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