Após cassação de prefeito, eleição suplementar em Búzios pode ser indireta

Vereadores de Búzios podem definir próximo prefeito da cidade em eleição suplementar
Vereadores de Búzios podem definir próximo prefeito da cidade em eleição suplementar | Foto: Reprodução/Redes sociais

A eleição suplementar que vai definir Quem assume a prefeitura de Búzios até 31 de dezembro deste ano Pode ser indireta. Ou seja sem a participação da população. Por conta da proximidade das eleições municipais ordinárias, em outubro de 2024, cabe ao Tribunal Regional Eleitoral definir o formato da escolha desse mandato-tampão. Eleito em 2020, Alexandre Martins (REP) e seu vice, Miguel Pereira (PL), foram afastados do cargo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manter a cassação da chapa determinada pelo TRE em 2022.

O advogado responsável pela ação que cassou a chapa de Alexandre e Miguel, Carlos Magno de Carvalho conversou com o Portal Fontecerta.com na manhã deste sábado (3). De acordo com ele, restam duas possibilidades para Alexandre retomar o cargo. Uma delas é entrar com um agravo para tentar levar a decisão monocrática da Ministra Isabel Gallotti para o plenário do TSE. Enquanto isso, a outra é tentar uma liminar junto à presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

“O recurso que ele tem agora chama-se agravo regimental e serve justamente para levar o caso ao colegiado. [Eles] também podem tentar uma cautelar na presidência [do TSE]. Se acontecer, só resta agilizar o julgamento pelo plenário”, afirmou o advogado.

Em vídeo nas redes sociais, Alexandre já anunciou que vai recorrer. Ao Portal Fontecerta.com, na noite desta sexta-feira (2), Martins confirmou a intenção. “Esperar publicar [o acórdão] para entrar com recursos e esperar ser notificado”, pontuou.

Os trâmites pós-cassação de Alexandre Martins

Alexandre Martins com Rafael Aguiar | Foto: Reprodução/redes sociais

Na entrevista à reportagem, Carlos Magno afirmou que, como a causa da vacância dos cargos de prefeito e vice foi eleitoral e ocorreu na último ano do mandato, cabe à Justiça eleitoral determinar a realização de eleições suplementares. Assim sendo, assume o presidente da Câmara, Rafael Aguiar (REP), até a realização de nova eleição.

“Esta eleição, a critério do TRE, pode até ser indireta. Ou seja, sem a participação popular e apenas no âmbito da Câmara Municipal entre os vereadores. Isso é bem possível diante da exiguidade do prazo e da superveniência das eleições em outubro deste ano”, analisou o advogado.

O vencedor das eleições suplementares poderá concorrer à reeleição em outubro, sem necessidade de afastar do cargo. Caso o pleito suplementar seja direto, basicamente, todos os políticos elegíveis e que cumpram os requisitos eleitorais padrão podem se candidatar, com exceção de Alexandre Martins. Porém, caso a eleição seja indireta, apenas os vereadores são prefeitáveis.

Prazo para convocação da eleição suplementar em Búzios e a questão Rafael

De acordo com Carlos Magno, o prazo para a convocação de eleições suplementares deve ser de 30 a 60 dias. No entanto, uma questão a se considerar diz respeito ao futuro político do prefeito interino, Rafael Aguiar. Pré-candidato a renovar o mandato como vereador, para se manter apto a concorrer, Rafael não pode assumir a Prefeitura nos seis meses que antecedem a eleição. Ou seja, caso ele continue como prefeito até 6 de abril deste ano, em outubro, ele só poderá pleitear uma eleição como chefe do Executivo.

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